segunda-feira, 11 de julho de 2011

A LUTA PELA DEMOCRACIA

Lutando pela democracia, centenas de pracinhas morreram longe de sua pátria e, os que voltaram, trouxeram dos campos de batalha seqüelas que os acompanhariam pelo resto de suas vidas. Tudo para, de volta ao Brasil, encontrar aqui, ainda em pleno funcionamento, uma ditadura igual às que foram combater lá fora.

O impacto provocado por essa disparidade, se foi grande entre os pracinhas que, terminada a missão, tiraram a farda e voltaram à atividade civil, maior ainda se tornou no espírito dos oficiais, que permaneciam nas atividades de caserna, dando retaguarda ao Estado Novo.

Assim, era natural que os militares, tal como os civis, se engajassem na luta pela restauração das liberdades no país, dando ao Brasil condições de participar da Conferência de Paz, de cabeça erguida, par a par com as demais democracias ocidentais.
Os militares passaram a controlar a vida política bra­sileira logo nos primeiros dias de abril de 1964. Tinham chegado ao poder para, entre outras coisas, "salvar a de­mocracia", mas acabariam com ela e ficariam no poder por duas décadas.
As tendências conciliadoras dos parlamentares não agradavam aos ministros do governo provisório, Briga­deiro Correia de Mello, Almirante Augusto Rademaker e o General Costa e Silva. Em 9 de abril de 1964, com a autori­dade que a si atribuíram de Supremo Comando Revolucio­nário, publicaram um Ato Institucional, que estabelecia eleições indiretas para Presidente da Repúhlica; dava aos comandantes o poder de decretar estado de sítio e sus­pender as garantias constitucionais, e suprimir direitos políticos por até dez anos.
Em 11 de abril, o Congresso elegeu presidente o Ma­rechal Castelo Branco. As primeiras medidas anularam os atos do Governo anterior e reprimiam prováveis opositores.

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