segunda-feira, 4 de julho de 2011

Da Democracia a Ditadura Militar


Em 1945, um golpe de Estado afastou Getúlio Vargas do poder, gerando o fim do Estado Novo e o inicio de um período democrático. A democracia fez bem. Nesse meio tempo, o Brasil passou por profundas transformações.
O Governo passou a ser exercido pelo presidente José Linhares, que promoveu as eleições previstas para Dezembro de 1945, sendo eleito como novo presidente Eurico Gaspar Dutra. Em 1950, o povo pediu e Getúlio retornou ao poder. Desta vez, o país que o presidente iria governar tinha mudado muito desde que ele deixara o poder.
Em seu governo, houve sérias restrições ao capital estrangeiro, mas foi no campo de energia, porém, que o nacionalismo de Getúlio se manifestou com maior força.
A crise toma conta do governo de Getúlio, o presidente reuniu seu ministério para discutir a crise. Tentou resolver o impasse, sugerindo seu afastamento temporário do cargo, mas os militares recusaram a proposta. No dia seguinte Getúlio comete suicídio. O vice- presidente Café Filho assume a presidência.
Em 1955, Juscelino Kubitschek, foi eleito presidente do Brasil. A política de JK deu grande impulso ao desenvolvimento econômico do país. Ao final de seu governo, em 1960, JK gozava grande prestigio popular.
Janio Quadros se candidatou a presidente da republica em 1960, prometendo acabar com as irregularidades dos governos anteriores, com slogan da vassoura conseguiu a simpatia da população, se tornando presidente, contudo, ele não foi capaz de cumprir suas promessas.
No dia 24 de agosto Carlos Lacerda o acusou de tramar um golpe de Estado, após essa acusação Janio renunciou a presidência e os militares com medo que João Goulart assumisse indicaram o deputado Ranieri Mazzili para ocupar a presidência e num ato de conciliação o congresso nacional propôs que Jango assumisse a presidência.
João Goulart mesmo tendo todo o apoio da população no inicio, não conseguiu permanecer no poder devido não conseguir cumprir sua metas e tentando apoio dos populares fez o comício das reformas anunciando a reforma agrária no país e a nacionalização das refinarias de petróleo o que gerou um grande descontentamento aos conservadores do país que em resposta prepararam o golpe militar para tirar Jango do poder.

Em 1964, os militares tomaram o poder e implantaram uma ditadura no Brasil.
A área econômica enfrentava muitos problemas. O país estava sem crédito no exterior o que dificultava a importação de produtos básicos, para completar, à inflação estava alta e o crescimento econômico parado. Para acabar com esses problemas, Castello Branco implantou o Programa de Ação Econômica do Governo.
Para solucionar o problema do déficit do setor publico, o presidente procurou implementar um ajuste fiscal, aumentando a arrecadação e reduzindo as despesas do governo. As medidas de ajuste fiscal, em curto prazo, restringiram a atividade econômica e acabaram provocando forte recessão no país.
Em 1966, teve início o processo de sucessão presidencial. A definição do novo nome dependia de uma luta interna travada nos bastidores da alta hierarquia militar. De um lado, estava a linha-dura do regime, que queria prolongar e endurecer a ditadura e, de outro, os militares mais moderados, que desejavam o rápido retorno ao Estado de direito.
Nesse mesmo ano, a oposição aos militares começou a se manifestar com mais força.
O general Costa e Silva assumiu a presidência da República no dia 15 de março de 1967. Durante seu governo, a oposição ao regime se intensificou em função da falta de liberdade e dos resultados limitados da política econômica adotada logo após o golpe de 1964.
Costa e Silva morreu em 17 de dezembro de 1969, e a Junta Militar escolheu seus sucessores: o general Emílio Garrastazu Médici para presidente e o almirante Augusto Rademaker para vice-presidente do país.
A maior mobilização popular contra o regime militar partiu dos estudantes.
No Brasil, a força do movimento foi maior entre os universitários, que protestavam contra o arcaico sistema de ensino e a falta de liberdade imposta pelo regime militar.
Inaugurou-se, assim, um novo ciclo de perseguições, cassações e demissões. A imprensa e todos os meios de comunicação passaram a sofrer censura.
Emílio Garrastazu Médici assumiu a Presidência da República em 1969. Seu mandato caracterizou-se por intensa repressão e violência contra os movimentos de oposição.
A política econômica do regime militar orientava-se pela idéia de que era preciso fazer a riqueza crescer, para depois distribuí-la.
Ao mesmo tempo em que intensificava a repressão aos grupos de oposição, o regime militar procurou ganhar a simpatia popular por meio da propaganda.
A eleição seguinte, indireta, não apresentou surpresas, confirmando o nome do general Ernesto Geisel, que tomou posse na Presidência no dia 15 de março de 1974, para um mandato de cinco anos.
Nas eleições municipais de 1976, mais uma vez os resultados mostraram o crescimento da oposição.
No início do mandato de Geisel, o país começava a sofrer os primeiros efeitos da elevação dos preços do petróleo, deflagrado em outubro de 1973, no mercado internacional.
Apesar disso, o governo insistiu no avanço da industrialização. A política econômica do governo apresentava alguns índices preocupantes. Um deles era o aumento da inflação, o outro, consistia no crescimento da divida externa.
Em março de 1979, tomou posse na Presidência o general João Baptista Figueredo. O novo presidente deu continuidade ao processo de abertura política iniciado por Geisel e prometeu fazer do país uma democracia.
O governo do general Figueredo anunciou um plano recessivo para tentar ajustar a economia brasileira, que vinha apresentando problemas desde a gestão anterior. A inflação manteve-se alta, em torno de 100% ao ano, e a economia estagnada. Esse quadro só daria sinais de melhora em 1984.
O movimento das Diretas-Já, reivindicando a aprovação de uma emenda no Congresso Nacional que estabelecesse as eleições diretas para presidente, marcou o ano de 1984.
Com a derrota das Diretas-Já, as atenções da população voltaram-se para o Colégio eleitoral, onde seria eleito o futuro presidente, Tancredo Neves, no entanto vem a falecer, assumindo então seu vice José Sarney.

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